terça-feira, 11 de setembro de 2012

Comer peixe melhora na leitura de crianças



Comer peixe e frutos do mar melhora leitura de crianças, revela estudo

Alunos britânicos com baixo desempenho tomaram cápsulas de ômega-3.
Após quatro meses, estudantes também tiveram ganhos no comportamento.


Salmão está entre os peixes preferidos pelos piracicabanos (Foto: Eduardo Guidini/G1)Peixes como salmão (acima), sardinha e truta
são ricos de ômega-3
Para quem cresceu ouvindo a avó dizer que peixe faz bem para a "cuca", uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostra agora que o consumo diário de ômega-3 – um tipo de gordura boa encontrado em peixes de água fria e frutos do mar – pode melhorar a leitura e o comportamento de crianças com baixo desempenho.
Para os vegetarianos, que a princípio não se beneficiariam disso, uma boa notícia: algas, óleos vegetais (de oliva, canola e soja), folhas escuras e castanhas também contêm esse ácido graxo. Os resultados foram publicados na revista científica "PLoS One".
Os pesquisadores analisaram 362 crianças entre 7 e 9 anos de idade, em escolas públicas tradicionais do condado de Oxfordshire, a cerca de 90 quilômetros de Londres. Os estudantes eram saudáveis, mas apresentavam um rendimento considerado baixo em testes de leitura.
Após quatro meses de suplementação diária de 600 mg de ômega-3, por meio de cápsulas com óleo de algas marinhas, eles conseguiram acompanhar os demais colegas.
Ômega 3 (Foto: Universidade de Oxford/Divulgação)Alunos tomaram cápsulas com óleo de algas de
600 mg
Segundo o professor Paul Montgomery, pesquisas anteriores já haviam comprovado os efeitos positivos desse tipo de gordura insaturada em crianças com dislexia, falta de coordenação e transtorno do deficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Mas esse é o primeiro trabalho a mostrar resultados tão positivos na população escolar geral.
O estudo também incluiu um grupo paralelo, que tomou placebo, ou seja, um comprimido sem nenhum princípio ativo.
Os pesquisadores pretendem continuar a investigar o assunto, agora com uma amostragem maior de crianças com dificuldades de aprendizado.

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